Um pinheiro plantado no norte da Grécia acaba de ser datado com 1075 anos de idade. Isto faz com que esta seja a árvore mais velha da Europa.
Um pinheiro plantado no norte da Grécia acaba de ser datado com 1075 anos de idade. Isto faz com que esta seja a árvore mais velha da Europa, segundo a equipa de investigação. Contudo, a informação é contestada pelos especialistas portugueses que têm estudado as oliveiras milenares de Portugal.
O pinheiro Adónis, como foi batizado, foi descoberto por cientistas da Universidade de Estocolmo (Suécia), da Universidade de Mainz (Alemanha) e da Universidade da Arizona (EUA).
Tendo em conta a sua venerável idade e o país onde se encontra, a equipa que o estudou decidiu batizar este pinheiro com o nome do deus grego da beleza e do desejo: Adónis.
O líder da equipa, o dendrocronologista sueco Paul J. Krusic, anunciou o Adónis como sendo a árvore datada mais antiga da Europa. Contudo, José Luís Lousada, especialista da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) co-autor de um novo método de datação de árvores, garante as oliveiras milenares portuguesas são mais antigas.
José Lousada admite, no entanto, que este poderá ser o pinheiro mais velho conhecido na Europa, uma vez que, "para um pinheiro esta é uma idade muito avançada, já que as espécies resinosas têm uma esperança de vida inferior à das árvores folhosas".
Mas na investigação agora revelada, o especialista sueco defende que o Adónis será a árvore mais antiga da Europa e acrescenta que naquela zona existem, pelo menos, mais uma dúzia de pinheiros milenares.
Citado pelo site Phys.org., o sueco adiantou ainda que a equipa cortou uma fatia da árvore, desde o exterior ao centro do pinheiro, para determinar a sua idade. A equipa descobriu 1075 anéis, sendo que cada anel corresponde a um ano de vida.
O cientista sueco espera, com o estudo destas árvores milenares, conseguir obter informações preciosas sobre o clima e o ambiente natural dessa época da história.
Tempo apaga anéis de árvores milenares, diz UTAD
Mas é, precisamente, a contagem dos anéis que é contestada pelos especialistas portugueses. Em parceria com outro professor da UTAD, José Lousada criou um novo método de datação de árvores que pretende ser mais rigoroso do que a leitura dos anéis, "porque as árvores folhosas muito antigas já não têm todos os anéis".
O especialista esclarece que "a madeira do interior apodrece e os anéis mais antigos são eliminados por fungos e insetos que se alimentam dessas células". Daí a necessidade de criar esta nova metodologia, já patenteada, que – além dos anéis – mede as alterações da dimensão do raio, diâmetro ou perímetro do tronco para estabelecer calcular o tempo de vida da árvore estimando os anos em falta nos anéis.
Notícia sugerida por António Resende
Tendo em conta a sua venerável idade e o país onde se encontra, os cientistas decidiram batizar este pinheiro com o nome do deus grego da beleza e do desejo: Adónis.
O cientista sueco espera, com o estudo destas árvores milenares, conseguir obter informações preciosas sobre o clima e o ambiente natural dessa época da história.
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