A falta de um transporte adequado para a distribuição dos alimentos por instituições de solidariedade é uma das causas que leva os refeitórios ou os restaurantes a deitar, em média, 15 a 20 refeições perfeitamente comestíveis para o lixo, todos os dias, adianta a RTP.
Os próprios restaurantes dispensam, por vezes, algumas das sobras aos mais carenciados, mas apesar de não haver uma lei que proíba esse ato, as regras de saúde e higiene alimentar são muito rigorosas no que respeita à distribuição.
Fica no ar a questão: a quem cabe a responsabilidade de encontrar uma solução para o problema?
“Aqueles organismos autárquicos, as Câmaras Municipais de todas as localidades poderiam facultar um veículo com condições para recolha nos restaurantes que quisessem aderir e depois fazia-se a respetiva distribuição”, sugere António Granja, diretor geral do restaurante Capa Negra.
António Costa Pereira, autor da petição “Desperdício Alimentar”, que corre na Internet já há vários anos, refere, porém, que a solução é muito mais simples. “O transporte pode ser feito em frio e ao fim de poucas horas está a ser servido. É tão simples quanto isso. Tecnicamente é possivel, logo, moralmente, é importante que se faça”, declara à RTP.