Uma pequena caminhada de cerca de 20 minutos por dia pode ser suficiente para assegurar uma vida mais longa, ajudando a reduzir o risco de morte precoce em até 30%.
Uma pequena caminhada de cerca de 20 minutos por dia pode ser suficiente para assegurar uma vida mais longa, ajudando a reduzir o risco de morte precoce em até 30%. A conclusão é de um novo estudo britânico que afirma que um “aumento modesto” da atividade física chega para obter “benefícios significativos” para a saúde.
De acordo com a investigação desenvolvida pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e que envolveu mais de 334.000 homens e mulheres europeus, a falta de atividade física causa duas vezes mais mortes do que a obesidade, estando associada a uma maior probabilidade de morte precoce, doença cardiovascular e cancro.
Os cientistas procuraram medir a associação existente entre a inatividade física e a morte prematura, bem como a sua interação com a obesidade, analisando dados do estudo “European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition” que decorreu entre 1992 e 2000.
A equipa mediu a altura, o peso e a circunferência da cintura dos participantes e obteve, através de questionários, informações sobre os níveis de atividade física de cada um. Todos os voluntários foram acompanhados ao longo de 12 anos, período durante o qual 21.438 morreram.
Os resultados da investigação, publicados esta quarta-feira na revista científica American Journal of Clinical Exercise, mostram que a maior redução do risco de morte prematura se observou entre os grupos considerados “inativos” e “moderadamente inativos”, avaliados através da combinação da atividade física no trabalho com as atividades de lazer.
Cerca de 22,7% dos participantes foram considerados “inativos”, não reportando a realização de qualquer atividade física recreacional e exercendo uma ocupação profissional sedentária. Segundo os autores, uma mera caminhada diária de 20 minutos – para queimar entre 90 e 110 calorias – seria o suficiente para retirar um indivíduo deste grupo, reduzindo o seu risco de morte prematura entre 16% e 30%.
De acordo com o estudo britânico, coordenado pelo investigador Ulf Ekelund, os benefícios verificados em consequência desta pequena alteração durante a invesitgação foram especialmente relevantes em indivíduos com um peso normal, mas também se fizeram notar em voluntários com Índice de Massa Corporal (IMC) mais elevado.
“Esta é uma mensagem simples: uma pequena quantidade diária de atividade física pode ter benefícios significativos para a saúde de pessoas que são fisicamente inativas”, afirma Ekelund, em comunicado.
“Embora tenhamos descoberto que 20 minutos chegam para fazer a diferença, devemos procurar exercitar-nos por períodos mais longos de tempo, já que o exercício tem muitos benefícios comprovados para a saúde e deve ser uma parte importante do nosso dia-a-dia”, acrescenta o investigador.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).