A pesquisa, que começou no inicio do ano, visava perceber se o consumo dos pepinos-do-mar, invertebrados da família das estrelas-do-mar, teria um efeito benefico na saude humana.
Em declarações à Lusa, a investigadora Luísa Custódio explica que as cinco espécies estudadas possuem propriedades que contribuem para uma redução das doenças cardiovasculares.
“As espécies analisadas contêm um baixo teor de gordura e um elevado teor proteico e a fração lipídica (gorduras) é essencialmente composta por ácidos gordos polinsaturados, os quais se encontram associados a numerosos benefícios em termos de saúde, como redução da incidência de doenças cardiovasculares”, refere a investigadora.
Também acrescentou que uma das espécies, H. arguinensis, existente na costa portuguesa entre Peniche e o Algarve e nos Açores, tem qualidades antioxidantes.
Estes animais, que podem ter uma dimensão entre os 26 e os 50 centímetros, encontram-se em zonas de baixa densidade, sobre fundos rochosos ou arenosos e são comercializados depois de secos. Na América, Austrália e Europa existe uma grande procura deste tipo de iguarias.
Para este estudo, das 1.400 espécies de pepinos-do-mar conhecidas foram estudadas as espécies Holothuria mammata, H. tubulosa, H. polii, H. arguinensis e Eostichopus regalis.