No Brasil foi redescoberta por cientistas uma espécie rara de peixe que não vê. A espécie Stygichthys typhlops já é conhecida há 50 anos e foi redescoberto em águas profundas. Os biólogos suspeitam que pode ser um dos poucos sobreviventes já que os e
[Imagem: C Moreira]No Brasil foi redescoberta por cientistas uma espécie rara de peixe que não vê. A espécie Stygichthys typhlops já é conhecida há 50 anos e foi redescoberto em águas profundas. Os biólogos suspeitam que podem ser dos poucos sobreviventes já que os espécimes que se encontravam mais à superfície estarão extintos.
A espécie foi encontrada pela primeira vez e descrita por americanos há 50 anos. A redescoberta foi liderada pelo investigador brasileiro Dr Cristiano Moreira da Universidade de São Paulo e foi publicada no Journal of Fish Biology.
“Esta foi a espécie mais enigmática na ordem dos caraciformes, um grupo de peixes de água doce na qual também se incluem as piranhas”, explicou o DR Moreira citado pela BBC News.
Para voltar a encontrar esta espécie a expedição entrevistou várias pessoas na zona de Jaiba, em Minas-Gerais, que afirmavam ter avistado a espécie em poços abertos.
Estes poços subterrâneos já são poucos devido à aridez crescente da região, mas a equipa consegui localizar 34 peixes e descobrir mais acerca desta intrigante espécie.
Para além de serem cegos, falta-lhes pigmentação provavelmente devido ao facto de viverem a um nível subterrâneo onde a luz é escassa. Catalogar esta espécie também se tem revelado uma tarefa pouco fácil devido à sua semelhança com as piranhas mas também com outra espécie.
Os especialistas deixam um aviso sobre o Stygichthys typhlops que está ameaçado com a escassez de água subterrânea nos aquíferos da região devido à procura da água.
“A retirada excessiva de água dos aquíferos irá levar quase de certeza à extinção desta espécie”, alertou Carlos Moreira.