O médico Gentil Martins, uma das quatro pessoas que esteve na origem do serviço há meio século, disse à RTP que o serviço tem tido “uma evolução fantástica em termos da tecnologia médica e da medicina em si”.
“Aquilo que era extremamente deprimente quando eu comecei, há 50 anos atrás, de facto mudou radicalmente”. “Hoje em dia conseguimos curar a maioria dos doentes”, sublinhou. A taxa de sucesso dos tratamentos do IPO de Lisboa é de cerca de 70 por cento.
“Agora dizer-se que uma criança tem cancro não é já uma condenação imediata, sem remédio, como aliás no adultos. Cada vez mais o cancro se cura ou torna numa doença crónica, e isso é que nos deve motivar”, disse à RTP Maria Cavaco Silva, que esteve presente no evento.
160 doentes por ano
O espaço do IPO em Lisboa continua a receber melhoramentos para poder receber, aproximadamente, 160 doentes por ano. Segundo o diretor clínico Nuno Miranda, o instituto pretende, em breve, criar um Centro Oncológico da Criança e do Adolescente nas instalações da antiga Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.
A cerimónia contou com ainda com a presença do Director-Geral de Saúde e da Presidente do Instituto de Apoio à Criança, Manuela Ramalho Eanes. Estiveram igualmente presentes muitos dos atuais e antigos profissionais do Serviço de Pediatria para além de crianças e pais.