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PC e Smartphones vão tornar-se mais rápidos com tecnologia de microchips

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De acordo com os investigadores, a estrutura pode ter espessura 50 mil vezes menor à de um fio de cabelo, ideal para o desenvolvimento de PC extremamente rápidos e eficientes, que dariam a um smartphone do futuro o poder de processamento encontrado em um supercomputador. Pretende-se, ainda, que dispositivo com a tecnologia funcione apenas com uma carga de bateria por mês.

A ideia, que surgiu em 2011 e que pode chegar ao mercado em 2031, utiliza minúsculos tubos feitos de carbono para construir microchips, como processadores, controladores de rede, placas gráficas e módulos de memória RAM. O carbono usado na forma de nanotubos teria a função de substituir o silício enquanto material semicondutor (que pode ou não transportar electricidade).

O silício é o material usado nos microchips desde a sua invenção, no século passado. Mas o avanço tecnológico da indústria tem encontrado algumas limitações no uso em novas gerações de produtos já que o silício deixa de funcionar como semicondutor a escalas menores do que sete ou cinco nanometros.

Muito mais eficiência
Além de poder substituir o silício de forma a garantir que a indústria tenha margens para continuar a criar processadores cada vez mais rápidos, o uso dos nanotubos de carbono oferecem outras vantagens, de que é exemplo a alta eficiência energética.

Subhasish Mitra, um dos líderes da pesquisa em Stanford, acredita que os nanotubos oferecem eficiência 1000 vezes maior. Por outras palavras, comparados dois chips, um de silício e o outro de nanotubos, a unidade feita de carbono terá um consumo 1000 vezes menor para assegurar o mesmo desempenho do rival.

 Na prática
Mas o que significa ter um supercomputador do tamanho de um telemóvel? Um exemplo citado pelos investigadores é o de um aparelho de telefone ligado a milhares de sensores embutidos – um smartphone tem giroscópio, acelerómetro e GPS. As leituras desses milhares de sensores poderiam ser processadas a um custo ínfimo de energia e dar ao utilizador acesso a aplicações e tecnologias muito mais avançadas.

Por outras palavras, segundo Mitra, esses telemóveis do futuro poderiam ser 30 vezes mais rápidos.

Quando?
Existem alguns entraves para que os nanotubos de carbono sejam usados pela indústria a curto prazo. Em primeiro lugar, o fabrico desse tipo de material é muito difícil e as tecnologias e os processos de manufatura adequados ainda não foram inventados.

Por outro lado, há uma resistência natural na indústria, sedimentada hoje em silício. É necessário que uma tecnologia alternativa, seja ela nanotubos de carbono ou não, prove que é viável do ponto de vista económico para que nomes como IntelAMD, ARM, Qualcomm e IBM invistam num processo de migração.

Os cientistas acreditam que é possível imaginar que computadores e smartphones equipados com processadores e outros chips feitos de nanotubos de carbono estejam à venda no mercado dentro de 15 anos.

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