“O grupo está constituído por gente muito nova e a ideia é também eles colherem um bocadinho da cultura venezuelana para poderem levar”, disse Arturo Nunes a partir da localidade de Santo António de Los Altos, a sul de Caracas, uma das regiões para onde os pauliteiros agendaram uma apresentação, no âmbito de um périplo que estão a realizar por vários estados da Venezuela.
Segundo o autarca, “as pessoas têm recebido [os pauliteiros] muito bem, toda a comunidade portuguesa tem demonstrado que continuam a olhar para Portugal, as suas tradições, as suas raízes, como um símbolo histórico e algo que é deles”.
“Os pauliteiros é uma coisa diferente, que eles não viram, não estão habituados. As pessoas olham com surpresa, uma tradição portuguesa que não é muito comum ver-se”, disse.
O grupo dos Pauliteiros de Malhadas surgiu em finais do século XIX. Com o apoio da Embaixada de Portugal em Caracas, vão estar na Venezuela até 01 de maio, para mostrar as danças e as músicas de Miranda do Douro.
As danças fazem-se com oito elementos, dois grupos de quatro, cada um com dois guias e dois peões, que bailam e batem os paus entre si, sendo acompanhados pela música do tocador da gaita de foles, do bombo, da caixa e, em algumas ocasiões, da flauta pastoril.