Aos 38 anos, o artista Patrick Joyce descobriu que padecia da doença do neurónio motor, uma condição degenerativa e fatal. Contudo, também o seu otimismo é incurável e, por isso, o artista decidiu desenhar 100 retratos de pessoas que considera “inspiradoras”, antes de morrer. A ideia é inspirar outras vítimas da mesma doença e angariar fundos para a Motor Neurone Disease Association.
O diagnóstico foi feito há dois anos. O historial clínico da sua família não indicava nenhum caso semelhante. A doença surgiu sem motivo aparente, tal como acontece com a maioria dos pacientes.
No entanto, Patrick assume-se como um “otimista incurável”, e é aliás esse o mote para o site onde divulga a sua história e a sua arte. “Eu sei que, através do otimismo, conseguiremos encontrar a cura para a Doença do Neurónio Motor”, afirma, com convicção, na página www.patricktheoptimist.org.
A sua mulher, Kathy, foi a primeira “pessoa inspiradora” que decidiu imortalizar num dos seus retratos, tal como a filha e os seus pais. No entanto, aos que seguem a sua história foi dada a oportunidade de nomearem alguém que achassem merecedor de aparecer num dos retratos de Joyce, pelo seu exemplo de otimismo. As respostas ao apelo têm sido mais que muitas.
Apesar de agora demorar cinco vezes mais a concluir os seus trabalhos – a cada semana, as suas funções motoras estão cada vez mais debilitadas, Patrick conseguiu completar, até agora, 12 retratos.
Além das inúmeras atividades de consciencialização para a doença em que tem participado, Patrick está também a trabalhar na conceção de sabores em forma líquida, para que possam ser administrados num spray aos pacientes da Doença do Neurónio Motor, que têm que ser alimentados através de tubos e, assim, perdem o prazer de saborear as suas refeições favoritas.
Veja aqui os retratos que Patrick Joyce completou até agora.