Paulo Borges explicou à agência Lusa que o partido defende que as touradas sejam preservadas mas, eventualmente, apenas com cavalos montados. O líder acredita que estas alterações devem ser feitas na tradição tauromáquica, como têm sido feitas noutros países, com outras tradições.
Na entrevista à Lusa, Borges usou o exemplo do Japão para explicar a evolução das tradições samurais no manejo do sabre: “Corria o sangue e as cabeças rolavam e entretanto converteu-se num espetáculo estético e que visa o desenvolvimento da concentração”.
O líder do partido acredita que as exibições dos cavalos que fazem parte de uma tourada podem ser mantidas, uma vez que não são violentas nem abusivas.
Paulo Borges recusa, no entanto, que os animais fiquem com “as entranhas perfuradas”, explicou à Lusa, e que os touros sejam “torturados antes, durante e depois das touradas”.
“A nossa preocupação não é apenas com o bem-estar animal, é também com o bem-estar humano porque a tourada é um espetáculo violento que não contribui para a moralidade pública e cultura da paz”, revelou à agência.
Segundo contou à Lusa, o objetivo do PAN para as eleições de 5 de junho é elegerem deputados que possam defender três “grandes causas: humanitária, ambiental e animal”.