Depois de 20 anos com espetáculos de golfinhos, o mega parque de diversões de Gardaland, em Verona (Itália), decidiu cancelar aquela atração em nome dos direitos dos animais.
No dia 06 de Janeiro, relata a agência noticiosa italiana ANSA, os golfinhos Robin, Teide, Betty e Nau, que cresceram entre montanhas-russas e outras atracões, realizaram a sua última exibição. Nos últimos dias, o recinto onde decorria o espetáculo foi desmantelado.
Citado pela ANSA, Danilo Santi, o diretor do parque, afirmou que “além das pressões externas, o que teve mais peso nesta decisão foi o facto da Merlin Entertainments, a sociedade inglesa proprietária da estrutura, ter no seu ADN uma política de profundo respeito pelos animais”.
O bem-estar dos animais sobrepôs-se, assim, às razões económicas. O espetáculo quotidiano com os golfinhos contava com uma média de 759 mil espetadores por estacão, com sessões quase sempre esgotadas.
Apesar da boa nova, os quatro golfinhos vão ser transferidos, a fim de gozarem a sua reforma, para o Aquário de Génova, o que tem gerado a indignação de alguns defensores dos direitos dos animais, que defendem a libertação dos quatro mamíferos no oceano. Contudo, ao fim de tantos anos de cativeiro, estarão estes animais aptos a regressar à vida selvagem?
Recentemente, a Suíça juntou-se à Noruega, Luxemburgo, Eslovénia e ao Chipre na proibição de golfinhos em cativeiro. A decisão, anunciada em Março de 2012, surgiu após a morte de dois golfinhos, que viviam num parque temático do país, e que morreram devido a excesso de antibióticos.