A farmacêutica portuguesa Bial acaba de assinar um contrato de licenciamento exclusivo com a empresa nipónica Ono Pharmaceutical para o desenvolvimento e comercialização, no Japão, de um novo tratamento para a doença de Parkinson.
A farmacêutica portuguesa Bial acaba de assinar um contrato de licenciamento exclusivo com a empresa nipónica Ono Pharmaceutical para o desenvolvimento e comercialização, no Japão, de um novo tratamento para a doença de Parkinson, o Opicapone.
Depois da comercialização de Zebinix®, um fármaco desenvolvido pela empresa nacional para o tratamento da epilepsia que já está disponível na maioria dos mercados europeus, este é o segundo produto de investigação da BIAL a ser licenciado, sendo a primeira vez que a farmacêutica concretiza um acordo de licenciamento para o Japão, o terceiro maior mercado na área da farmácia além dos EUA e da União Europeia.
Este “é um momento histórico e significativo para a Bial e de grande satisfação para toda a nossa equipa”, afirma, em comunicado, António Portela, diretor executivo da empresa. “Nós fomos capazes de criar e desenvolver um segundo medicamento de investigação própria, confirmando as nossas capacidades científicas e técnicas e criando confiança na sustentabilidade do nosso projeto de I&D”, acrescenta.
Em sequência da celebração deste acordo de licenciamento, a ONO, empresa farmacêutica de investigação orientada para o desenvolvimento de medicamentos inovadores em áreas específicas, irá fazer à Bial um pagamento inicial, a que acrescem novas parcelas com o avanço do desenvolvimento do fármaco no Japão e da sua performance comercial.
Farmacêutica vai procurar parceiros para EUA e Europa
Atualmente, o Opicapone encontra-se na fase III dos ensaios clínicos, testes confirmatórios que visam provar a eficácia e determinar a tolerabilidade e segurança do futuro medicamento. O fármaco da empresa portuguesa está a ser desenvolvido como terapêutica adjuvante da levodopa, a terapia de maior eficácia contra os sintomas da doença de Parkison.
Segundo o comunicado da Bial, depois de finalizados os ensaios de fase III, será efetuado o registo do medicamento junto das autoridades regulamentares e a obtenção de aprovação para a sua introdução no mercado. “Depois deste licenciamento para o mercado japonês, devemos concentrar-nos em encontrar os parceiros ideais para os EUA e a Europa”, adianta António Portela.
Entretanto, a Bial, que este ano comemora o seu 89º aniversário, deverá continuar a trabalhar na investigação de novas soluções terapêuticas. Nos últimos anos, a farmacêutica tem canalizado, por ano, mais de 40 milhões de euros para investigação e desenvolvimento, centrando-se a sua atenção no sistema nervoso central, no sistema cardiovascular e no tratamento de alergias.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes e Carla Neves