Para o presidente Zardari, esta nomeação é, segundo a Reuters, “uma demonstração do compromisso do Governo em trazer as mulheres para o mainstream da vida nacional” e acrescentou que iria “enviar sinais positivos sobre a leve imagem do Paquistão”.
O Paquistão é um dos mais restritivos países no que diz respeito aos direitos das mulheres. A mais conhecida paquistanesa com carreira política é Benazir Bhutto, ex-primeira ministra e primeira mulher chefe do governo muçulmano. Bhutto acabou por ser assassinada em 2007.
Shaukat Tarin, antigo ministro das finanças, disse à Reuters que este “não será um caminho fácil devido aos problemas complexos que o Paquistão enfrenta e pela forma como a política externa está articulada no país, onde existem muitos grupos de influência com os quais Khar terá de trabalhar”. Para Tarin, “isto irá realmente testar a sua maturidade”.
Após a saída do ministro Shah Mehmud Qureshi, a pasta dos Negócios Estrangeiros estava vazia no Paquistão.
Hina Rabbani Khar, vinda de uma família política do sul do Punjab, é filha de um grande titular de terras e possui um mestrado em Hospitalidade e Turismo da Universidade de Massachusetts. Após ter pertencido a um partido filiado com o ex-líder militar, general Pervez Mushrraf, Khar foi ministra do Estado para os Assuntos Económicos e Estatística, e e pertence agora ao Partido Popular do Paquistão (PPP).
No próximo dia 26 de julho participará numa visita a Nova Deli, promovendo a reabertura do diálogo entre o Paquistão e a Índia, cujas relações estavam cortadas desde 2008.