Este projeto, que consiste num serviço de catering e take-away que serve cerca de mil refeições diárias nos centros sociais, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e escolas do primeiro ciclo quer gerar valor, encontrar um modelo de negócio e tornar-se escalável.
Constituída em 2011 e a funcionar há três anos, a empresa Engenho dos Paladares lançou a marca Paladares Paroquiais, uma pequena unidade industrial que se dedica à produção de queijo de leite de vaca, biscoitos, bolachas tradicionais, doçaria de conservação, licores, doces e compotas, prova como é possível contornar a crise através de e com projetos empreendedores.
“Como forma de procura de sustentabilidade pessoal ou institucional, muitas pessoas, deram azo à criatividade, identificando oportunidades para os seus negócios. Foi necessário produzir ideias novas casando a imaginação com a criatividade”, frisou o gestor do projeto, Joaquim Pinto.
Já conseguiram atingir uma economia de escala e esperam chegar ao objetivo da sustentabilidade. “Tendo em conta as encomendas e as manifestações de interesse existentes, está planeada uma ampliação da capacidade de produção instalada”, acrescenta.
Com um volume de negócios a rondar “os 500 mil euros por ano”, tanto o catering industrial como os Paladares Paroquiais funcionam a cerca de 50% da sua capacidade máxima instalada, embora a produção de queijos e produtos gourmet atinja picos de produção em épocas como a Páscoa e o Natal”, continua.
Apesar de a sustentabilidade financeira ser uma das áreas mais críticas em projetos de cariz social, o modelo de negócio da Paladares Paroquiais “foi criado a partir da premissa da reintrodução dos proveitos líquidos da atividade na própria empresa e nas IPSS associadas”, explica o mentor do projeto. “A empresa, criada pelas IPSS, tornou-se fornecedora de serviços às próprias entidades permitindo, assim, a criação de uma cadeia de valor integrada, que se retroalimenta”, continua. O projeto é, portanto, sustentável devido ao facto de as IPSS e outras entidades associadas ao universo paroquial poderem ser fornecedoras, principalmente de matérias-primas, do Engenho dos Paladares.
Apesar de o projeto ter abrangência regional, pretende-se alargá-lo à escala nacional, com o estabelecimento de uma rede de protocolos em setores como a cultura, o turismo e a economia.
Atingir a capacidade máxima de produção na cozinha industrial, que ronda as duas mil refeições por dia, alargando as vendas a outras IPSS, empresas e particulares; duplicar as vendas a médio-prazo, no que se refere aos produtos alimentares, mediante o alargamento da rede nacional de clientes; dinamizar uma loja física e apostar na exportação, tendo como bandeira o “mercado da saudade”, constituem outros vértices através dos quais se pauta a ação da empresa.
As ambições dos mentores da Paladares Paroquiais não se ficam por aqui; a disseminação do projeto é uma das principais preocupações: alargar a oferta a novos produtos e serviços, crescer em volume de vendas e faturação, aumentar a produção e os postos de trabalho, promover a sustentabilidade das três IPSS promotoras, obter novas instalações adequadas à procura, constituir-se como projeto nacional de cariz local e promover a internacionalização.
// www.paladaresparoquiais.net
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