Um casal do País de Gales descobriu, na Internet, a cura para uma malformação rara que afetava o seu bebé. Embora a cirurgia tenha sido arriscada, valeu ao pequeno Thomas, que estava ainda no útero, a sobrevivência.
Um casal do País de Gales descobriu, na Internet, a cura para uma malformação rara que afetava o seu bebé. Depois de se depararem com o achado, um procedimento desenvolvido recentemente, Lucy e Stuart Hay solicitaram aos médicos que o filho o recebesse e, embora a cirurgia tenha sido arriscada, valeu ao pequeno Thomas, que estava ainda no útero, a sobrevivência.
Durante a gravidez, os médicos deram ao casal a mais difícil das notícias: Thomas teria menos de 5% de hipóteses de sobreviver ao parto por causa de uma hérnia hiafragmática congénita. Inconformados, Lucy e Stuart decidiram procurar informações no Google.
Apesar de esta ser uma prática habitualmente desaconselhada pelos médicos, que alertam que grande parte dos dados disponíveis online não são fidedignos e servem apenas para alarmar os pacientes sem necessidade, os resultados da busca acabaram por salvar a vida da criança.
Durante a pesquisa, Lucy e Stuart tomaram conhecimento da existência de um procedimento laparoscópico denominado Oclusão Traqueal Fetoscópica, que consiste em inserir um minúsculo balão na traqueia do bebé, ainda no útero, realizado apenas, em toda a Grã-Bretanha, por um cirurgião do King's College Hosptial, em Londres.
“Passámos horas à procura online e encontrámos esta cirurgia intrauterina que ainda estava a ser testada pelos médicos. Não sabíamos muito sobre ela, mas íamos arrepender-nos se não tentássemos”, afirmaram os pais, citados The Christian Post.
A equipa médica avançou, então, com o procedimento, que durou cerca de 20 minutos. Através de uma incisão na barriga da mãe, que atravessou o útero e a placenta, os especialistas colocaram uma câmara na traqueia do bebé através da boca, inserindo depois o balão nos seus pulmões.
Graças à operação e ao risco que os progenitores decidiram correr, Thomas desenvolveu-se normalmente e, agora, tem impressionado os médicos com a sua recuperação total. Só depois dois meses de ter nascido o bebé pôde ir para casa com os pais pela primeira vez e teve de passar por meses de traamento contra infeções pulmonares e dificuldades respiratórias, mas, neste momento, tem finalmente uma vida normal.
“É muito bom quando temos uma situação em que se acredita que o bebé não vai conseguir sobreviver ao nascimento e ele consegue”, confessou o cirurgião Kypros Nicolaides, que efetuou a operação. “É maravilhoso para o Thomas e os pais, mas também é muito gratificante para os que ajudaram a que isso acontecesse”, concluiu.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]