Esta nova área de conservação tem uma dimensão de quase dois milhões de quilómetros quadrados, o equivalente à área do México ou da Arábia Saudita.
As Ilhas Marshall vão proibir a pesca comercial ao tubarão e o comércio de todos os derivados destes animais.
Os tubarões que foram capturados por acidente terão de ser libertados ainda vivos e determinadas artes de pesca serão banidas daquelas águas, explica a BBC. Quem violar estas regras arrisca-se a multas que podem chegar às 200 mil libras.
O governo daquelas ilhas do Pacifico trabalhou em conjunto com o Pew Environment Group, uma organização ambiental americana que identificou as nações-arquipélago mais capazes de oferecer grandes ''ganhos'' em termos de conservação marinha, devido à vasta proporção de suas águas territoriais.
“Saudamos a República das Ilhas Marshall por colocar em prática a forte legislação para proteger os tubarões que nós já vimos”, disse Matt Rand, diretor global de conservação de tubarões da instituição. “É reconhecida por todos os líderes a importância de conservar populações de tubarões saudáveis”.
Este arquipélago com 68 mil pessoas vive essencialmente do turismo e, apesar de pequeno, as suas águas guardam o maior lugar de proteção de tubarões.
As Ilhas Marshall seguem, com esta medida, o caminho do Palau que, há dois anos, tinha o maior santuário mundial de defesa dos animais. Também no ano passado foi assinada uma declaração entre oito países, entre eles México, Honduras e Maldivas, para a adoção de mais medidas de proteção aos tubarões de todo o mundo.
Estima-se que um terço dos tubarões oceânicos integra a reconhecida Lista Vermelha de Espécies Animais. Os tubarões são uma espécie que se reproduz lentamente, o que faz deles animais vulneráveis.