O estudo, publicado esta sexta-feira na revista Science, demonstrou que as células basais que existem no tecido da próstata podem tornar-se cancerosas em ratos aos quais a atividade do sistema imunitário foi suprimida. Esta conclusão contraria, assim, a ideia que a origem deste tipo de cancro residia nas células luminais, que fazem parte do revestimento da próstata.
“A ideia dominante é que o cancro da próstata surge destas células luminais, porque estes tumores têm padrões que fazem lembrar essas células”, explicou o coordenador da equipa de investigadores, Owen Witte.
Mas o cientista avança novos dados: “Conseguimos produzir cancros a partir de células basais e isso permite-nos agora investigar a sequência dos acontecimentos genéticos que dão origem à doença, descobrir os sinais nas células que estão implicados nelas e assim identificar potenciais alvos para novas terapias”.
O estudo sublinha, desta forma, a importância das células basais no processo de desenvolvimento dos tumores malignos da próstata, devendo passar a ser um foco adicional para o desenvolvimento de novas terapias.