António Guterres desloca-se à República Central Africana durante quatro dias para homenagear os militares e os civis que contribuem para a manutenção da paz em todo o mundo. Desde o início do ano morreram 67 pessoas em missões de paz da ONU, 12 das quais na República Central Africana, país onde o aumento da violência e a deterioração das condições humanitárias levou à duplicação do número de deslocados, que ultrapassa já os 600 mil, e do número de refugiados nos países vizinhos, que ascende a meio milhão de pessoas. “A minha visita constituirá uma oportunidade para envolver o Governo e outros atores para amenizar o sofrimento das populações, evitar o retrocesso do processo e reforçar o apoio internacional para a paz. – explica o Secretário-Geral da ONU.
A visita tem início esta terça-feira, dia 24 de outubro, data em que a ONU comemora 72 anos de vida, num período em que António Guterres afirma que o mundo enfrenta desafios graves com o aumento dos conflitos e das desigualdades, a prevalência de condições meteorológicas extremas, de elevados níveis de intolerância e constantes ameaças à segurança, incluindo no plano das armas nucleares. “Temos os instrumentos e os recursos necessários para vencer esses desafios. Precisamos é de vontade para o fazer.” – lembra o Secretário-Geral da ONU, adiantando ainda que “Quando os direitos humanos e a dignidade humana forem uma realidade para todos, seremos capazes de construir um mundo em paz, sustentável e justo.”