A peça – que tem a forma exata da orelha do pintor – foi feita a partir de uma colónia de células vivas que foram criadas a partir de ADN extraído de um envolve manuseado pelo pintor em 1883 e que foi cedido pela Fundação Custodia (Paris).
Depois de extraído o ADN de Van Gogh, investigadores do Instituto de Medicina Legal de Lausanne clonaram o material em laboratório e incorporaram ao material células de cartilagem retiradas de um descendente diretor do pintor holandês: Lieuwe van Gogh.
Usando este material vivo, a artista Diemut Strebe recorreu depois a uma impressora 3D para imprimir uma cópia com o formato exato da orelha de Van Gogh. A peça está agora em exibição no Centro de Arte e Media, ZKM, na cidade de Karlsruhe.
A orelha criada por Diemut Strebe é, na verdade, uma instalação interativa já que está embebida numa solução líquida que está ligada a um sistema de som. Os visitantes podem “comunicar” com a orelha através de um microfone. Ao passar pela orelha de Van Gogh, o som é processado e alterado, dando origem a um registo sonoro diferente.
Vincent van Gogh viveu em meados no século XIX, na Holanda, e é considerado um pioneiro na área da pintura pós-impressionista. Apesar do seu talento, o artista nunca foi reconhecido em vida tendo passado momento de carência financeira extrema e depressão. O dia em que cortou a sua própria orelha é um dos episódios mais famosos da biografia do artista. Van Gogh tirou a sua faleceu aos 37 anos, comendo suicídio.
Notícia sugerida por Raquel Baeta