A prevalência de VIH entre a população jovem está a diminuir em alguns dos países mais atingidos pela doença, em especial na zona sub-sahariana, em parte graças à mudança nos comportamentos sexuais, conforme anunciou esta semana a ONU-SIDA.
O número de infetados com VIH, segundo o relatório, baixou para 25% em 12 países. A maior descida ocorreu no Quénia, onde a taxa de infeção em pessoas com idades entre os 15 e os 24 anos baixou 60% entre 2000 e 2005. De acordo com o jornal “The Guardian” passou de 14 % para 5,4% nas áreas urbanas, e de 9,2% para 3,6% nas áreas rurais.
O recuo é explicado por uma entrada mais tardia na vida sexual activa, por uma redução no número de parceiros sexuais e por uma utilização acrescida do preservativo entre os 15 e os 24 anos nos jovens com vários parceiros.
“Pela primeira vez.reduções na prevalência do VIH entre jovens coincidem com a mudança nos padrões do comportamento sexual entre indivíduos,” escreve o relatório conjunto da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o VIH/SIDA, citado pela agência noticiosa AFP.
A estratégia da ONU tem sido criticada por se focar na compra de medicamentos contra o VIH/SIDA e não tanto na prevenção. A ONU defende que esta mudança nas taxas é sinal de que os jovens estão a ter mais consciência da importância da prevenção.
“É um grande avanço na trajetória para travar a epidemia da SIDA”, confirma a ONU-SIDA.
Contudo, as taxas continuam a crescer em países do leste europeu como a Rússia, Ucrânia, Geórgia e Bielorússia.
Cerca de 5 milhões de jovens com idades entre os 15 e os 24 vivem com VIH/SIDA. Em 2008 foram infetadas 900 mil pessoas, 66% eram mulheres conforme revela o mesmo relatório.