A assembleia geral das Nações Unidas reconheceu, nesta quarta-feira, o acesso à água de qualidade e a instalações sanitárias como direitos humanos. Após 15 anos de debates, 122 países votaram a favor da resolução de compromisso que consagra estes direitos redigida pela Bolívia, enquanto 41 países se abstiveram.
“O direito a uma água potável, limpa e de qualidade e a instalações sanitárias é um direito humano, indispensável para gozar plenamente do direito à vida”, refere o documento redigido.
A resolução pede a todos os países e às organizações internacionais a disponibilização dos recursos financeiros e da tecnologia necessária para garantir o acesso universal “económico” à água potável e ao saneamento.
“Temos de enviar uma clara mensagem ao mundo de que o acesso à água potável e ao saneamento é um direito básico e que é preciso fazer o máximo possível para que seja uma realidade”, declarou o embaixador da Bolívia perante a ONU, Pablo Solón, na apresentação oficial da nova resolução.
Mais de 2,6 mil milhões de pessoas carecem de instalações sanitárias adequadas, como casa de banho, o que contribui para a morte de 1,5 milhões de crianças, anualmente, devido a doenças relacionadas à falta de salubridade, frisa a proposta redigida pela Bolívia.