Uma equipa da Universidade de Sydney, na Austrália, descobriu que minúsculos agentes presentes no ómega 3 têm potencial para bloquear o desenvolvimento de metástases em casos de cancro da mama, evitando a evolução dos tumores.
Uma equipa da Universidade de Sydney, na Austrália, descobriu que minúsculos agentes presentes no ómega 3 têm potencial para bloquear o desenvolvimento de metástases em casos de cancro da mama, evitando a evolução dos tumores para um estágio mais avançado.
Segundo Michael Murray, um dos maiores riscos quando há um tumor mamário maligno é a metastização, processo pelo qual as células doentes alastram a outras células do corpo, não se limitando ao órgão afetado inicialmente.
Os investigadores da Faculdade de Farmácia daquela instituição de ensino superior estão, portanto, a usar células cancerígenas para avaliar a influência que estas substâncias do ómega 3 – os chamados epóxidos – podem ter na “travagem” das migrações celulares.
A descoberta da equipa abre caminho à utilização de epóxidos como agentes antimetásticos produzidos no interior do organismo por meio do consumo de ácidos gordos ómega 3.
“Estes agentes funcionam como uma espécie de soldados na linha da frente, bloqueando a invasão do exército adversário”, explica Murray, em comunicado. O especialista sublinha que estudos anteriores confirmaram que a inclusão de alimentos ricos em ómega 3 – como o atum ou o salmão – na dieta diária reduz o risco de certos tipos de cancros, mas pretende ir mais longe.
“O maior objetivo do nosso projeto é acelerar o desenvolvimento de agentes antimetásticos com base nos epóxidos do ómega 3 e testar a sua eficácia 'in vivo' em tecido mamário doente”, adianta o investigador.
Embora não se trate de uma informação consensual, vários estudos demonstraram que as mulheres com uma dieta rica em ómega 3 têm menos probabilidade de desenvolver cancro da mama.
Outros trabalhos mostraram também que estes ácidos gordos são eficazes na redução da inflamação e podem diminuir a probabilidade de se vir a sofrer doenças crónicas como problemas cardíacos e artrite.
Clique AQUI para aceder ao estudo divulgado pela Universidade de Sydney (em inglês).