A peça, de grande dimensão, representa as cores e a paisagem arquitetónica de Londres, cidade que acolhe o evento desportivo este ano. Segundo a Agência Lusa, as diretrizes dadas no concurso apontavam para a reprodução das divisas do Torneio Olímpico e dos Paralímpicos: “Mais Rápido, Mais Alto, Mais Forte” e “Espírito em Movimento”, respetivamente.
Contudo, o artista luso optou por representar as cores e as formas da cidade, ideia que resultou numa pintura de quatro hexágonos, ligados entre si, com tons que oscilam entre os castanhos, os pretos, os vermelhos, os azuis e os verdes.
Mário Pires Cordeiro explicou que a paleta cromática se refere à própria cidade, nomeadamente “às portas, jardins, tintas usadas nas casas e tijolos”. Por sua vez, as formas geométricas derivam da arquitetura que se tem vindo a afirmar como identidade da capital britânica. As linhas angulares foram inspiradas em arranha-céus, como o ‘Gerkin’ ou o ‘Shard’, e no afamado estádio olímpico.
Após ter vencido o concurso, a sua peça, intitulada “Higher”, conquistou o direito de ser exposta no centro de imprensa do parque olímpico. A pintura ocupa uma parede inteira do espaço que acolherá os cerca de 21 mil jornalistas, técnicos de televisão e de rádio destacados para acompanhar o evento.
Mário Pires Cordeiro, de 37 anos, é, atualmente, estudante de doutoramento no Chelsea College of Art and Design. Natural de Lisboa, o artista plástico vive entre as capitais portuguesa e britânica, tendo já desenvolvido vários trabalhos a nível nacional e internacional, dos quais se destacam um conjunto de pequenos filmes e mapas a para a Cape Farewell Foundation.