Os ácidos gordos ómega 3 encontrados nos óleos de peixe podem proteger a pele contra o desenvolvimento do cancro. A conclusão é de um grupo de investigadores britânicos.
Os ácidos gordos ómega 3 encontrados nos óleos de peixe podem proteger a pele contra o desenvolvimento do cancro. A conclusão é de um grupo de investigadores britânicos, que revelou que a ingestão destes suplementos aumenta a imunidade da pele face à luz solar.
Uma equipa da unidade de dermatologia da Universidade de Manchester, coordenada por Lesley Rhodes, estudou, pela primeira vez, os impactos dos óleos de peixe na imunidade cutânea de humanos.
Durante o ensaio clínico, parte dos voluntários da investigação de Rhodes e dos seus colegas ingeriu 4 gramas de ómega 3 por dia (cerca de uma colher e meia de óleo de peixe) e foi, depois, submetida a exposição solar durante 8, 15 ou 30 minutos ao meio-dia, no Verão, em Manchester, através de uma máquina especial.
Os restantes participantes receberam um placebo, sendo, depois, expostos às mesmas condições. Os investigadores observaram, então, que a ingestão do óleo de peixe aumentou a imunidade da pele à luz solar e, simultaneamente, reduziu a imunossupressão causada pela radiação, que afeta a capacidade do organismo de combater o cancro e as infeções.
Os resultados, publicados na revista científica The American Journal of Clinical Nutrition, revelaram que a imunossupressão foi 50% inferior em quem tomou os suplementos e foi exposto a 8 a 15 minutos de exposição do que no outro grupo. Porém, o estudo mostrou apenas uma pequena influência dos óleos de peixe na exposição durante 30 minutos.
Lesley Rhodes, líder do estudo, explicou, em comunicado, “que têm existido pesquisas nesta área com ratinhos mas esta é a primeira vez que um ensaio clínico foi efetuado diretamente em seres humanos”. “Foram precisos vários anos para se chegar até aqui e as nossas descobertas são entusiasmantes”, afirmou.
“O estudo volta a evidenciar o potencial do ómega 3 enquanto nutriente protetor contra o cancro da pele. Embora as mudanças que encontrámos em quem ingeriu os óleos de peixe tenham sido pequenas, sugerem que um reduzido mas contínuo nível de prevenção com recurso a esta opção pode diminuir o risco de contrair a doença ao longo de toda a vida”, concluiu a investigadora.
Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).