Saúde

Oftalmologia: Portugal participa em ensaio internacional

Há uma equipa de especialistas portugueses a participar num ensaio clínico internacional com vista à avaliação do potencial de um novo fármaco no tratamento de uma doença oftalmológica que afeta a transparência da córnea.
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Há uma equipa de especialistas portugueses a participar num ensaio clínico internacional com vista à avaliação do potencial de um novo fármaco no tratamento de uma doença oftalmológica que afeta a transparência da córnea. Trata-se de um grupo do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, numa prestação que se está a revelar “promissora” e com “bons resultados”. 
 
Os testes arrancaram há dois meses, encontrando-se a decorrer em 39 centros de nove países europeus até ao final do ano. Até à data, o mesmo está a mostrar-se “promissor” no que diz respeito à queratite neurotrófica, uma doença oftalmológica que se estima “afetar uma em cada 5.000 pessoas”. 
 
A mesma pode levar “à perda de transparência da córnea”, podendo, inclusive, haver “uma diminuição acentuada da capacidade de visão”. Quem o explica é Joaquim Murta, líder da equipa do Centro de Responsabilidade Integrado do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospital e Universitário de Coimbra que realiza o ensaio.
 
Em declarações à Lusa, o responsável adianta que, nas situações mais graves, “a parte da frente do olho fica com um vidro opaco”, impedindo o doente de ver mais do que apenas “algumas luzes e sombras”.
 
De difícil tratamento, a doença chega a implicar, por vezes, um transplante da córnea. Por isso, o especialista salienta que, a comprovar a eficácia do novo medicamento, este pode ver a tornar possível o tratamento das situações “de forma rápida”, evitando chegar “a estados mais avançados”.
 
Além disso, o fármaco em questão ajuda, ainda, a “cicatrizar úlceras na córnea” que, sem o devido acompanhamento e auxílio, “conduzem a consequências irreversíveis na transparência da córnea”.
 
Atualmente, a queratite neurotrófica tem vindo a tornar-se “cada vez mais frequente”, devido ao maior número de cirurgias oculares que se fazem, bem como ao aumento de alergias e medicações locais nos olhos.

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