A partir desta terça-feira, dezenas de imagens de peças dos Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz estarão disponíveis para visualização e consulta no Google Art Project.
A partir desta terça-feira, dezenas de imagens de peças dos Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz estarão disponíveis para visualização e consulta no Google Art Project, uma plataforma online que permite o acesso a mais de 48.000 fotografias em alta resolução de obras espalhadas por cerca de 330 espaços internacionais.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a Parques de Sintra, responsável pela gestão e manutenção dos dois palácios, explica que estes passam, assim, a ser os dois únicos palácios portugueses a figurar entre as instituições parceiras do Google Art Project, juntando-se a grandes nomes como o Palácio de Versailles, em Paris, o MoMa, em Nova Iorque, o Museu Rainha Sofia, em Madrid, a Tate Gallery, em Londres, e mesmo o Museu Coleção Berardo, em Lisboa.
Graças a esta parceria com o Google Art Project, é agora possível observar online, e em pormenor, algumas das peças mais representativas destes dois palácios. No total, estarão disponíveis 28 imagens do Palácio de Sintra e 36 do Palácio de Queluz que “permitem ao utilizador um elevado nível de aproximação visual da obra, identificando pormenores até ao nível da sua textura”.
A seleção efetuada para exibição na plataforma online inclui diversos tipos de acervos, nomeadamente azulejaria, mobiliário, têxteis, escultura e pintura. Em Sintra, destacam-se, por exemplo, os azulejos hispano-mouriscos, os contadores, a tapeçaria com as Armas Reais Portuguesas, o Globo Celeste de Christoph Schissler e o Pagode Chinês.
Já em Queluz, são de realçar as esculturas de John Cheere, o Pianoforte de Clementi e o Tremó (espelho e mesa de encostar), considera a Parques de Sintra, que explica que “a imagem de cada peça é acompanhada de informação em texto, incluindo dados relativos à data, origem e descrição”.
Desta forma, partilham-se com o mundo informações como o facto de o Palácio de Sintra ter a maior coleção de azulejos mudéjares in situ da Europa, de o Globo Celeste de Schissler ser um dos mais valiosos entre os vários globos do século XVI hoje existentes, ou de as esculturas de John Cheere nos Jardins do Palácio de Queluz serem o mais importante conjunto de estátuas em chumbo deste autor fora do território inglês reunido no mesmo espaço.
Divulgar acervo dos palácios por todo o mundo
O trabalho que levou ao estabelecimento da parceria com o Google Art Project decorreu ao longo de nove meses e foi desenvolvido por uma equipa multidisciplinar da Parques de Sintra, em contacto “direto e permanente” com a Google, exigindo “conhecimentos não só ao nível da gestão de projeto, mas também no que respeita a questões de conservação e museografia, dada a necessidade de manuseamento de peças frágeis durante a campanha fotográfica”.
A captação de imagens em alta resolução de algumas das 64 obras de arte foi conseguida como resultado de uma parceria da Parques de Sintra com a EPI – Escola Profissional de Imagem, “cujo apoio se demonstrou fundamental, dada a dimensão e exigência do trabalho”.
Segundo a Parques de Sintra, a possibilidade de contar com imagens das coleções dos Palácios no Google Art Project constituiu-se desde cedo como uma prioridade, dado que permite divulgar as peças junto de diferentes públicos, dos curiosos aos profissionais e académicos, um pouco por todo o mundo, dos curiosos aos profissionais e académicos)
Numa próxima edição do Google Art Project a Parques de Sintra prevê a integração de fotografias das obras de referência dos acervos do Palácio da Pena.
O Google Art Project foi criado em Fevereiro de 2011, contando, inicialmente, com a cooperação de 17 museus internacionais. Atualmente, a plataforma conta com mais de 20 milhões de utilizadores em todo o mundo e mais de três centenas de parceiros, permitindo o acesso a imagens em alta definição e a conteúdos especializados através de uma combinação de várias tecnologias e funcionalidades.
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