Luís Martins, investigador português da Universidade de Santiago de Compostela, descobriu uma proteína que age sobre o cérebro e o tecido gordo do organismo com potencial para combater a obesidade.
Luís Martins, investigador português da Universidade de Santiago de Compostela, descobriu uma proteína que age sobre o cérebro e o tecido gordo do organismo, capaz de acelerar a queima das gorduras e, consequentemente, com potencial para combater a obesidade.
Integrado na tese de doutoramento de Luís, o estudo revelou, através de testes em ratos, que a ausência da proteína pode conduzir à acumulação de gorduras. Em declarações à Agência Lusa, o investigador salientou que a proteína BMP8B age sobre uma parte do cérebro, o hipotálamo, e sobre o tecido adiposo castanho.
Segundo o especialista, este tecido “não armazena gorduras e utiliza os lípidos acumulados no tecido adiposo branco para produzir energia”. A estimulação deste fenómeno, denominado termogénese, pode ser conseguida através da proteína que acelera o metabolismo sem aumentar a vontade de comer.
No entanto, a BMP8B pode atuar também a nível cerebral, quando injetada na cabeça. Esta ação ativa a relação entre o hipotálamo e o tecido, usando o sistema nervoso simpático, aquele responsável pelo metabolismo, como meio de comunicação.
Embora os resultados não sejam garantidos em seres humanos, a tese de Luís Martins abriu caminho a possibilidades. A partir das suas conclusões podem desenvolver-se investigações inovadoras com outro tipo de animais e avançar para o estudo da eficácia da proteína nas pessoas.
[Notícia sugerida por Elsa Martins]