Viagens longas em família, trajetos diários para o trabalho ou filas de trânsito nas grandes cidades. O automóvel é um dos lugares preferidos para ouvir música, mas, simultaneamente, um dos mais complexos para se obter um bom som. Como se consegue, então, que o habitáculo se converta numa verdadeira sala de concertos? Conheça os pontos-chave para este desafio de engenharia.
Desde as primeiras fases de desenvolvimento: ao contrário do que se fazia há uns anos, a equipa de Acústica Car Audio e de Infotainment da SEAT tem uma palavra a dizer logo que se inicia o desenvolvimento de um novo modelo. “O nosso objetivo é o de distribuir todos os elementos que compõem o sistema de som de tal forma que soe tão bem quanto possível”, explica José Luis Álvarez, engenheiro do departamento de Infotainment.
Até 10 colunas colocadas estrategicamente: a sua colocação e orientação é uma das questões mais importantes para os engenheiros de som. Em função do modelo, podem existir entre seis e dez colunas de som, que reproduzem sons agudos, médios e graves. A posição final deve ter em conta aspetos de design e até de segurança. No entanto, “o desenho das grelhas e a geometria do habitáculo do automóvel”, também influenciam a qualidade do som, sublinha Adrián Mateo, engenheiro de Acústica Car Audio da SEAT.
A sala mais silenciosa: a câmara anecoica é um espaço insonorizado desenhado para absorver qualquer onda sonora. É aqui que se comprova a qualidade do som das colunas. Outros tipos de testes são levados a cabo no laboratório de eletrónica para testar o rádio e os amplificadores. São dois dos muitos testes a todo o sistema de áudio para que nenhum outro elemento, como o pó, a humidade ou as vibrações afetem a qualidade do som.
O ‘efeito palco’: “procuramos que todos os passageiros tenham, por exemplo, a sensação de estarem num concerto”, explica José Luis Álvarez, engenheiro do departamento. Embora nem todas as colunas estejam na parte da frente do carro, o seu trabalho consiste em procurar esse efeito. Para isso, são empregues técnicas e ferramentas próprias das salas de concerto e dos estúdios de gravação. Uma delas é a equalização, que equilibra os tons agudos, médios e graves com um grande nível de detalhe. Estes testes são realizados com diferentes fontes de som: emissão de rádio, mp3 ou o telefone, por exemplo. Também se ouvem diferentes géneros musicais, desde hip-hop a jazz, temas instrumentais e com voz, para assegurar a melhor qualidade em todos os casos.
Os últimos ajustes, em movimento: este tipo de teste é realizado com o automóvel em movimento para que o motor, entre outros fatores, não interfira na qualidade do som. Por isso, os engenheiros fazem os ajustes finais de áudio sentando-se ao volante, voltando a equilibrar novamente os tons que emitem as diferentes colunas. “O nosso objetivo final é o de conseguir um som o mais natural possível”, conclui Adrián Mateo.
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