O jornal norte-americano The New York Times (NYT) publicou, este domingo, um artigo sobre o Fado, onde destacou a fadista Ana Moura que irá iniciar uma digressão nos EUA e Canadá durante o verão.
O jornal norte-americano The New York Times (NYT) publicou, este domingo, um artigo sobre o Fado, onde destacou a fadista Ana Moura que irá iniciar uma digressão nos EUA e Canadá durante o Verão.Com o título “A gravar um destino arrojado para o Fado”, o artigo fala da renovação neste estilo de música português que teve a sua maior figura em Amália Rodrigues e que ainda resiste à mudança.
A interpretar este “novo fado”, como apelida, e a levá-lo para os palcos do século XXI, o jornal foca e refere diversas intérpretes nacionais para além de Ana Moura como Mísia, Mariza, Mafalda Arnauth, Dulce Pontes, Cristina Branco, Joana Amendoeira, Raquel Tavares, Yolanda Soares e Kátia Guerreiro.
“Fora de Portugal, a fadista que mais se evidenciou no último ano foi Ana Moura, cujo contralto chamou a atenção dos Rolling Stones e de Prince”, justifica o artigo.
Todas temos uma coisa em comum, o desejo de renovar o fado”, disse Ana Moura, que vai atuar na Califórnia e no Canadá este verão, segundo o jornal.
“Esta curiosidade das pessoas jovens pelo fado é muito recente e eu penso que pode ser explicado por esta nova abordagem a uma música antiga que todos nós adoptamos”, acrescentou.
O jornal, conforme refere a Lusa, explica que fado significa sina ou destino em português, data de 1820 e começou, conforme disse Mariza, por telefone, como “uma música de porto, um local onde se cruzavam misturas, com marinheiros que traziam influências do Brasil, de África, do mundo árabe e até da China, para os bares, tabernas e bordeis que frequentavam”.
Desde o início, a essência da música centrou-se na palavra saudade, escreve o NYT, referindo que os falantes portugueses a consideram única, sem tradução, mas que pode ser interpretada como nostalgia ou melancolia de algo distante.
O jornal entrevistou também Richard Elliott, um musicólogo britânico, autor de um livro sobre fado, para o qual o fado tem uma semelhança com o blues: “um sentido de fatalismo e desespero, um sentimento de que tudo corre mal e também a improvisação”.
Inicialmente considerado um estilo de fraca reputação, o fado ganhou aceitação no século seguinte, recorda-se no artigo, que descreve também a situação política de Portugal, desde a ditadura à abertura à Europa democrática.
Leia o artigo na íntegra clicando aqui.
[Noticia sugerida pela utilizadora Elsa Martins e Alexandra Maciel]