“Nuremberga é a única cidade do mundo com tal volume de livros e documentos roubados nos seus pertences”, explicou Eva Homrighausen, porta-voz da iniciativa.
De maio de 1933 a 1945, milhares de livros foram subtraídos de bibliotecas privadas ou públicas por toda a Europa. Parte foi queimada, as que não arderam foram armazenados e procuram-se agora os seus donos originais.
Entre os livros banidos estavam os textos de autores politicamente opositores ao regime (Thomas e Heinrich Mann, Bertoldt Brecht, Karl Marx ou Alfred Döblin, entre outros) ou que pertenciam a judeus, maçons, sacerdotes, esquerdistas, sindicalistas e homossexuais, todos eles perseguidos pelo regime de Adolf Hitler.
A cidade de Nuremberga assinou, em 1998, o Acordo de Washington, segundo o qual Estados, associações nacionais e autoridades locais se comprometem a devolver qualquer obra de arte confiscada pelos nazis nesse período.
Em fevereiro de 2001, a Comissão de Cultura e Meios de Comunicação do governo federal alemão comunicou a todas as bibliotecas do país que deviam procurar nos seus fundos exemplares confiscados pelos nazis, bem como traçar a trajetória das obras, desde os proprietários originais até às circunstâncias em que haviam sido roubadas.