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Nuno Palas: As dietas de verão, aliadas ou inimigas?

Ter cuidados alimentares, seja por que motivo for, é sempre de enaltecer.
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por Dr. Nuno Palas, nutricionista

Quem tem uns quilos a mais e vontade de os perder, ou o faz neste período ou pensa em fazê-lo. Por esse motivo, o verão é muito associado a dietas e as dietas associadas ao verão.

Há dietas de verão e dietas de inverno? Não. Há alimentos de verão e alimentos de inverno e, porventura, olhando à oferta alimentar, pode ser mais fácil cumprir um regime alimentar baixo em calorias no verão ou nos meses quentes do que no inverno ou nos meses frios.

Tendo isto em consideração, é inegável que a procura por serviços de nutrição e clínicas de estética com acompanhamento nutricional aumente durante este período, em que o verão e os dias de praia estão à porta. No entanto, e como é de esperar, só os que apresentam um excesso de peso leve a moderado, com maior expressão ao nível da gordura corporal localizada, conseguem resultados suficientes face às expetativas e necessidades, durante um ou dois meses.

Ter cuidados alimentares, seja por que motivo for, é sempre de enaltecer. Contudo, constantes oscilações de peso, por mais pequenas que sejam, não beneficiam o corpo. E, por isso, é importante que as dietas sejam vistas como um ponto de partida para a mudança dos hábitos alimentares, que se pretendem mais saudáveis e constantes.

Quais são então os malefícios das oscilações de peso, comuns nas “dietas de verão” pela sua curta periodicidade? A razão é fácil de explicar e prende-se principalmente com a gordura localizada. Sempre que o peso aumenta e não se faz exercício físico significativo, ele obedecerá a dois critérios: o primeiro, aumento em gordura corporal e, o segundo, nas zonas que a genética/hereditariedade comandar (processo localizado). Em contrapartida, sempre que procurar perder peso, terá enorme dificuldade em perder a gordura corporal e não acontecerá de forma localizada (processo generalizado por todo o corpo).

Por isso, até pode conseguir alcançar o seu peso habitual, mas terá dificuldade em regressar ao volume habitual.

Estes casos são, na sua maioria, conhecidos pelos falsos magros. Pessoas que segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) têm um peso saudável (entre 18 e 24,9) mas apresentam percentagens de gordura acima dos valores normais.

É importante, portanto, que as dietas levadas a cabo nesta altura do ano sejam vistas pelos seus admiradores como um primeiro passo para a mudança de comportamentos, uma vez que regimes alimentares restritos e pouco duradouros não são de todo benéficos a longo prazo para o corpo humano.

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