Os casos de infertilidade masculina são cada vez mais frequentes, situação que deriva, segundo especialistas, da poluição, do estilo de vida sedentário e do estilo de alimentação ocidental. Perante a situação, os investigadores, liderados por Wendie Robbins, decidiram analisar o papel das gorduras polinsaturadas (PUFAs), particularmente dos ómega 3, presentes nas nozes, na quantidade e qualidade de espermatozoides produzidos.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a UCLA revelou que o estudo incluiu experiências com 117 homens de idades compreendidas entre os 21 e os 35 anos, durante um período de 12 semanas.
Estes homens, cuja alimentação habitual é caracterizada pela dieta ocidental, foram divididos em dois grupos. Um deles recebeu um complemento de 75 gramas de nozes por dia, enquanto o outro permaneceu com a alimentação normal.
“Foi visível uma melhoria significativa dos espermatozoides no grupo que consumiu as nozes”, explicou Wendie Robbins, acrescentando que o grupo sem intervenção na alimentação não manifestou nenhuma alteração a nível de fertilidade. A autora do estudo frisou que as nozes fornecem grandes quantidades de ácido linoleico, uma fonte rica em ómega 3, que se acredita ser responsável pelas melhorias observadas.
Robbins refere ainda que as mulheres não são as únicas que devem ter cuidados com a alimentação quando estão a tentar engravidar. De acordo com os investigadores, o próximo passo é trabalhar com casais que queiram ter filhos e verificar se uma dieta rica em nozes para os homens resulta em maiores facilidades de conceção.
O estudo contou com a participação de vários especialistas das áreas de enfermagem, medicina e nutrição da UCLA. O financiamento ficou a cargo da California Walnut Commission e da UCLA Fielding School of Public Health’s Center for Occupational and Environmental Health.
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