Um novo vídeo quer mostrar ao mundo a importância tida por Portugal, através dos séculos, no processo de globalização, em particular ao nível do conhecimento e da educação.
Um novo vídeo quer mostrar ao mundo a importância tida por Portugal, através dos séculos, no processo de globalização, em particular ao nível do conhecimento e da educação. A animação “Portugal Globalizing Education” relembra o título de nação mais antiga do mundo e leva o espetador numa viagem que acompanha os “navegadores barbudos” até aos pequenos “navegadores” da era das tecnologias de informação.
“O vídeo foi feito para dar a conhecer de uma forma divertida e descontraída a importância de Portugal no processo de globalização, não apenas no passado, mas também no presente e no futuro, designadamente através da aposta nas novas tecnologias numa área crítica para o desenvolvimento humano como é o caso da educação”, explica ao Boas Notícias Daniel Adrião, do consórcio português IT E-xample, responsável pela criação do vídeo.
Retratado como um país que não dispõe dos recursos naturais que normalmente dão riqueza às nações – como o petróleo ou os diamantes -, Portugal destaca-se, de acordo com o pequeno filme, pelo seu desejo de alargar horizontes no mar, embarcando nas expedições que acabaram por culminar, no século XV, nos Descobrimentos, que “deram novos mundos ao mundo”.
Cerca de 500 anos depois, numa época em que o sol e o mar – “muito apreciados pelos portugueses” – tornaram o turismo um dos “trunfos” nacionais, o vídeo destaca o surgimento de uma nova geração de exploradores, empenhados em levar, desta feita, o conhecimento aos quatro cantos do mundo com recurso a novos instrumentos.
Embora o computador Magalhães seja um dos “instrumentos” realçados no vídeo, encarado como uma das ferramentas que tem permitido aos jovens de hoje tornarem-se, eles próprios, “navegadores”, como Fernão de Magalhães ou Vasco da Gama, na descoberta de novos caminhos para o conhecimento, Daniel Adrião salienta que “há muitas outras componentes necessárias” para que tal aconteça.
“A construção de um ecossistema de aprendizagem no século XXI exige muitos outros aspetos, nomeadamente a criação de salas de aula interativas, que integram ainda quadros interativos, servidores escolares, plataformas de conteúdos educativos e de gestão escolar, conectividade…”, defende o responsável.
Solução educacional portuguesa partilhada pelo mundo
A IT E-xample, que engloba 26 empresas portuguesas de hardware e software com soluções para a educação, une companhias que estão envolvidas direta ou indiretamente nos vários programas que, desde 2004, tem desenvolvido na área da inclusão digital e da educação (como o Ligar Portugal, o e.Escola e o Parque Escolar).
De há dois anos a esta parte, com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o consórcio tem trabalhado na promoção internacional de uma oferta portuguesa integrada e completa deste “ecossistema” de ensino suportado nas tecnologias de informação e comunicação, disponibilizando uma solução “única” no mundo para o nascimento daquilo que se pode designar “por escola digital ou escola do futuro”.
Até ao momento, adianta Daniel Adrião, “já foram realizadas dezenas de abordagens em vários países, designadamente em África, na América Latina e nos EUA” e, atualmente, “diversas empresas portuguesas estão a trabalhar no México” onde já ganharam “vários concursos” e estabeleceram importantes parcerias.