A análise dos sinais é feita a partir de sensores colocados no indicador da mão direita e o polegar direito, dispensando a utilização de um gel ou colocação de eléctrodos no corpo dos utilizadores (como fazem outros sistemas), explicou ao portal TEK, André Lourenço, um dos orientadores e responsáveis pela investigação.
Os investigadores trabalharam no desenvolvimento de hardware e software capaz de reconhecer a identidade de diferentes utilizadores direcionada para “biometria contínua”, que garante que um utilizador está a ser permanentemente autenticado, garantindo uma maior segurança.
“O problema quando usamos a íris ou impressões digitais [para autenticação] é que estamos a dar acesso a um recurso privilegiado e depois o recurso está em utilização e já não necessita de mais autenticação. Com os sinais cardíacos podemos estar sempre a verificar se este é quem diz ser”, detalhou o investigador.
O sistema foi testado com os alunos de uma turma, apresentando taxas de reconhecimento acima dos 90%. O utilizador regista-se no sistema ao qual se pretende facultar o acesso e depois coloca os dedos no sensor de cada vez que quer usar aquele recurso.
O projeto também conta com o apoio do IST – Instituto Superior Técnico, foi desenvolvido em parceria com a tecnológica Portuguesa PLUX, uma IST Spin-Off. Para já, será tema de uma tese de mestrado com o objetivo de criar um protótipo mais desenvolvido.
[Notícia sugerida pela utilizadora Soraia Oliveira Gomes]