Um grupo de investigadores criou uma nova linha de plásticos 100% recicláveis e que se autorregeneram. O material poderá dar origem a carros, eletrodomésticos e outros objetos mais baratos, avança a IBM em comunicado de imprensa.
Um grupo de investigadores criou uma nova linha de plásticos 100% recicláveis que se autorregeneram. O material poderá dar origem a carros, eletrodomésticos e outros objetos mais baratos, avança a IBM em comunicado de imprensa.
De acordo com informação avançada pelo centro de pesquisa da IBM de Almaden (Califórnia, EUA), o novo plástico é capaz de se autorregenerar, é 100 por cento reciclável, é mais resistente do que os ossos e é muito leve. Os resultados da pesquisa foram divulgados, na semana passada, no jornal Science.
A investigadora principal, Jeanette Garcia, do centro de pesquisa da IBM de Almaden (Califórnia, EUA), tropeçou nesta nova classe de plásticos quando, há muitos anos atras, estava a produzir polímeros e deixou, por acidente, um dos componentes fora do processo de reação. “Foi sem dúvida uma situação fortuita”, diz a investigadora à BBC.
Esse material acabou por revelar-se extremamente resistente mas o que mais impressionou a equipa foi o facto do novo polímero poder ser ‘digerido’ por ácido, revertendo à sua composição original. Isso significa que qualquer objeto feito deste plástico pode ser 100 por cento reaproveitado.
A maior parte dos veículos de grande dimensão como os carros ou aviões são feitos de um plástico semelhante que normalmente são misturados com fibra de carbono para dar origem a compósitos. De acordo com a BBC, cerca de 50 por cento dos novos airbus, por exemplo são feitos destes compósitos. Contudo, e pelo menos ate hoje, este material não podia ser reciclado.
Segundo o site do centro da IBM há mais de 20 anos que os cientistas não descobriam um novo tipo de polímero. Um outro responsável pela pesquisa, James Hedrick, afirma que o novo material poderá mudar drasticamente quase todas as indústrias já que, por exemplo, quando os componentes dos carros e aviões se danificam, passam a poder ser reparados ou reciclados, em vez de irem para o lixo.
Além deste plástico inovador, os cientistas usaram a mesma fórmula para criar um monómero flexível na forma de um gel que se autorregenera e que poderá ser usado na cosmética, na produção de medicamentos ou na produção de materiais como tintas.
Notícia sugerida por Elsa Martins e Maria Manuela Mendes