Ciência

Novo método português deteta drogas em minutos

Um novo método de autoria portuguesa vai permitir detetar, em minutos e com amostras mínimas, drogas legais, muitas vezes confundidas ou ocultadas com embriaguez provocada pelo álcool.
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Um novo método de autoria portuguesa vai permitir detetar, em minutos e com amostras mínimas, drogas legais, muitas vezes confundidas ou ocultadas com embriaguez provocada pelo álcool. De acordo com os criadores, a rapidez dos resultados do processo, desenvolvido pela Universidade da Beira Interior (UBI) poderá ser útil em diversas situações.
 
Este método inovador está a ser criado no Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da UBI com o objetivo de detetar piperazinas, comprimidos alucinogénicos vendidos em lojas e na Internet e, a partir deste mês, passará a detetar drogas legais baseadas em extratos de plantas.
 
Além disso, de acordo com informação avançada à agência Lusa pela investigadora Eugénia Gallardo, que tem orientado o trabalho de Ivo Moreno e Beatriz Fonseca, alunos de bioquímica da UBI, vai também passar a ser possível realizar a análise a partir de saliva ou em cadáveres, o que complementará os testes atualmente feitos em urina.
 
Segundo Ivo Moreno, a possibilidade de obter conclusões de forma extremamente rápida pode ser útil em casos “de intoxicação, em hospitais, ou pode ajudar outras autoridades em detenções ou acidentes rodoviários”. 

Método da UBI recorre a dispositivo de microextração
 

O que distingue o método inventado na Covilhã é o facto de usar um dispositivo difundido no final da última década de “microextração de amostras em seringa empacotada”, um tipo de seringa “dirigido para análises ambientais e que tinha pouca utilização em toxicologia clínica e forense”.
 
O processo de deteção de drogas é facilitado pela microextração, necessitando-se apenas de cerca de 100 microlitros de urina para em 15 minutos, ou até menos, perceber, por meio de gráficos apresentados no ecrã de um computador, se há ou não drogas presentes.
 
Apesar de o dispositivo de microextração ser pouco habitual para esta finalidade, os investigadores da UBI decidiram “apostar na sua utilização, sem saber à partida qual seria o resultado, e correu bem”, contou Eugénia Gallardo.
 
A investigação do CICS está a ser feita em parceria com o Serviço de Toxicologia Forense do Instituto Nacional de Medicina Legal – Delegação do Sul e já foi premiado pela Polícia Judiciária e pela Universidade de Coimbra no início deste ano.
 
Em Julho, o trabalho da equipa vai ser apresentado no 22º Congresso da Academia Internacional de Medicina Legal em Istambul, na Turquia.

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