É o primeiro registo em mapa dos vários nomes que permitem distinguir os principais bancos de pesca algarvios. Um verdadeiro legado, construído em colaboração por pescadores e associações locais.
É o primeiro registo em mapa dos vários nomes que permitem distinguir os principais bancos de pesca algarvios, onde os pescadores sabem que vão encontrar determinadas espécies de peixe. Um verdadeiro legado, construído em colaboração por pescadores e associações locais.
O mapa da toponímia dos mares algarvios é uma iniciativa do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) – na Universidade do Algarve – mas só foi possível graças à ajuda do conhecimento tradicional da comunidade piscatória da região.
Observando este original mapa ficamos a saber os nomes com que os pescadores batizaram as várias zonas de pesca e onde já sabem que há determinado tipo de peixe.
Por exemplo, nas zonas assinaladas como "Chão Limpo" é onde se encontram as sardinhas. Mas há também o Mar dos Pargos e o Viveiro dos Mexilhões e outras zonas batizadas com nomes que só os pescadores entendem, já que são inspiradas nos apelidos dos pescadores que as detetaram. No mapa estão também assinalados os barcos naufragados, os recifes e os corais.
O CCMAR explica, em comunicado, que para a criação do mapa foram entrevistados cerca de 200 pescadores e armadores algarvios, da pequena pesca costeira e do cerco, desde o porto da Arrifana (Aljezur) até Vila Real de Santo António.
Dada a diversidade de topónimos existentes e a dificuldade de os assinalar com precisão num mapa, foi necessário proceder a uma uniformização dos nomes recolhidos, não sendo possível incluir todos os detalhes neste mapa físico.
Posteriormente, todo o trabalho foi validado por mestres de pesca de reconhecida experiência e sabedoria, nos principais portos algarvios.
O mapa construído constitui uma homenagem e testemunho da identidade e das tradições das comunidades piscatórias do Algarve.
Comentários
comentários