A descoberta foi feita pela astrónoma da NASA, Amy Mainzer, que refere, em comunicado, ser “uma honra poder nomear um asteróide com o nome de Malala”. Na realidade, até à data, muito poucos asteróides têm sido batizados de forma a honrar as contribuições feitas por mulheres, em particular mulheres fora do mundo ocidental, diz o mesmo comunicado.
A designação científica do asteróide é 316201 Malala, ou 2010 ML48. A imagem em infravermelhos divulgada no blogue Malala Fund, num artigo de Amy Mainzer, mostra o asteróide como um ponto vermelho, o que significa que sentimos, na Terra, o calor que ele consegue emitir. As restantes estrelas aparecem em azul.
A partir do calor emitido é possível determinar o tamanho do asteróide. Os cientistas determinaram, então, que este terá cerca de quatro quilómetros de diâmetro. A descoberta foi realizada pela equipa da astrónoma Amy Mainzer, usando, para tal, um telescópio espacial que orbita a Terra.
No comunicado divulgado no Malala Fund Blog, a cientista dirige-se às jovens mulheres, referindo que a Ciência e a Engenharia são para todos. “Precisamos desesperadamente dos recursos intelectuais de todas as pessoas inteligentes para resolver alguns dos problemas mais difíceis da humanidade, não nos podemos dar ao luxo de rejeitar metade da população”, apela Amy Mainzer, no final do seu comunicado.
Malala Yousafzai foi baleada, em 2012, no Paquistão, por defender os direitos das mulheres à educação. A jovem, atualmente com 18 anos, venceu o Prémio Nobel da Paz no passado ano. Malala continua a inspirar gerações de mulheres e esta homenagem é a prova do reconhecimento e admiração que continua a gerar em torno da sua pessoa.
Notícia sugerida por Maria da Luz