Já não é a primeira vez que o potente motor de busca se interessa por questões relativas à saúde. Exemplo disso, é a pulseira para a detenção precoce do cancro e as lentes de contacto para diabéticos, projetos pioneiros que a Google apoiou.
Desta vez, em parceria com a Universidade australiana New South Wales e a fabricante de produtos óticos Zeiss, a empresa está a criar um projeto que promete revolucionar a nossa compreensão do corpo humano.
A engenheira australiana Melissa Knothe é a coordenadora do projeto que pretende criar uma tecnologia capaz de detetar a causa de doenças que começam a nível celular. Através deste processo inovador poderá chegar-se à origem das doenças, percorrendo células, tecidos, orgãos e ossos.
Esta tecnologia, que se baseia em semicondutores, já foi aplicada noutras áreas mas Melissa foi a primeira pessoa a testá-la em humanos. Tudo começou a desenvolver-se a partir de estudos sobre a osteoartrite.
No modelo do projeto divulgado pela equipa de investigação, pode ver-se o interior do fémur. A osteoporose, assim como o Alzheimer, começam a nível celular, propagando-se, só mais tarde, através de tecidos e orgãos, sendo esse o principal motivo pelo qual esta investigação é considerada revolucionária, já que antecipa essa propagação.
Segundo a engenheira, é através da ajuda dos algoritmos do Google Maps que se torna possível organizar e interpretar estes dados complexos que assentam em terabytes de informação.
A vantagem destas tecnologias combinadas poderá trazer uma mudança “na nossa maneira de entender a saúde humana e as próprias doenças”, revela Melissa Knothe Tate.
As imagens são recolhidas através de um equipamento desenvolvido pela empresa óptica Zeiss que, em combinação com os algoritmos da Google permite que se possa fazer um zoom eficaz em todas as imagens, até à mais ínfima célula.
A investigadora da Universidade australiana assegura, em comunicado de imprensa, que esta inovação tecnológica avançada irá “responder às perguntas mais difíceis existentes no mundo da Ciência, abrindo novos caminhos de forma a projetar uma melhor saúde humana e melhor qualidade de vida”.
“Um diagnóstico que demorava décadas a conseguir poderá ser feito em apenas algumas semanas”, conclui, acrescentando que “esta tecnologia vai abrir caminho para novas terapias mais eficazes”.
Notícia sugerida por António Resende