Segundo o comunicado de imprensa da Universidade de Coventry, Reino Unido, o principal problema dos novos medicamentos contra problemas cardiovasculares é que muitas vezes a sua adversidade só é detetada na fase de testes em humanos, o que inviabiliza muitas das pesquisas além de causar a morte de pacientes.
Helen Maddock, uma especialista em farmacologia cardiovascular da Universidade de Coventry, tem vindo a desenvolver a nova técnica há cerca de 10 anos. O novo sistema recorre a um excerto de tecido do coração que é estimulado por impulsos elétricos de forma a simular a performance dos músculos cardíacos.
As substâncias médicas são, então, adicionadas ao tecido para determinar se têm algum efeito adverso na força de contração do músculo (e por conseguinte na força do coração). Até agora, este teste era efetuado em animais mas muitas vezes não era conclusivo, falhando na fase de testes clínicos em humanos.
Este sistema cardiovascular simulado fornece o modelo mais realista de sempre dos músculos cardíacos e abre a possibilidade de identificar os eventuais efeitos negativos dos medicamentos de uma força pouco dispendiosa. Ao mesmo tempo, promete salvar a vida de milhares de pacientes e acelerar a aprovação de novos medicamentos.
Helen Maddock já formou uma empresa – a InoCardia Ltd – para começar a implementar a nova técnica junto da indústria farmacêutica. A empresa conquistou um financiamento de 315 mil euros da empresa de investimento Mercia Fund Management.