A “Rota Vicentina” oferece aos turistas dois caminhos. Um designado de “histórico”, feito mais pelo interior e que passa por várias localidades, e outro que aproveita trilhos pedonais de pescadores.
Os caminhos ainda não estão completamente concluídos, mas já podem ser percorridos 200 dos 340 quilómetros previstos, no troço do Alentejo.
Ainda “há coisas a terminar, como alguns painéis”, mas “já há condições para fazer o caminho com total autonomia e segurança”, explicou à Lusa Marta Cabral, coordenadora do projeto “Rota Vicentina”.
Segundo a responsável, a “Rota Vicentina”, que liga Santiago do Cacém ao cabo de São Vicente, foi criada com o “grande objetivo” de “colocar a região no mapa internacional dos destinos de turismo de natureza”.
“Estamos a oferecer um produto que está na linha da frente, pelo menos ao nível do Sul da Europa”, defendeu Marta Cabral, acrescentando que os operadores de turismo e a imprensa especializados têm dado “um retorno infinitamente positivo”.
Costa alentejana com mais visitantes estrangeiros
Este projeto surge numa altura em que a costa alentejana está a perder turistas nacionais. De acordo com dados divulgados pelo Polo Turístico do Litoral Alentejano, nos primeiros meses deste ano, incluindo a Páscoa, a região registou uma quebra de 15 a 16% na procura interna. Por outro lado, houve um aumento entre 7,5 e 9% de turistas oriundos de países como a Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido.
Para Marta Cabral, a “questão da crise nacional torna este projeto mais pertinente”, assegurando que “veio na altura certíssima”, respondendo à “grande apetência que o mercado internacional está a demonstrar constantemente” pela região.
Resultado de uma parceria público-privada, que inclui, entre outras entidades, a Associação Casas Brancas, a Associação Almargem, municípios, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo, a “Rota Vicentina” representa um investimento de 540 mil euros, comparticipado por fundos comunitários.
Está em curso o processo de homologação do caminho histórico pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, para que possa ser integrado na GR11, uma grande rota de percursos pedestres que liga Sagres a São Petersburgo, na Rússia.
Clique AQUI para aceder à página oficial da rota, onde pode encontrar o mapa das etapas e coordenadas GPS.