A portuguesa Rita Sousa acaba de lançar uma página no Facebook para promover a adoção de cães que ninguém quer. A página é "gerida" pelo cão Xico e está em vias de conseguir duas adoções.
Trabalha como administrativa mas a sua paixão são os animais. Rita Sousa acaba de lançar uma página no Facebook para promover a adoção de cães que ninguém quer. A página é ‘gerida’ pelo Xico, o cão que Rita levou para casa depois de perceber que ninguém queria ficar com ele. E já há pelo menos dois cães com famílias interessadas.
Rita já tinha dois amigos de quatro patas mas quando, em Fevereiro, viu Xico, um cão grande com cerca de sete meses, abandonado à porta da Associação Dos Amigos Dos Animais De Santo Tirso (ASAAST), onde trabalha como voluntária, “sentiu uma ligação especial”. “Divulguei o Xico massivamente mas não recebemos nenhuma chamada, acabei por ficar com ele”, revela ao Boas Notícias.
“Como são muito frequentes os abandonos à porta das associações e nas matas pensei em usar o Xico como elo de ligação e criar uma página em seu nome onde são divulgados os casos de adoção mais difíceis mas com textos escritos como se fosse o Xico a falar”, explica. A ideia, salienta, é fugir daquele cliché que dá aos animais uma imagem de “coitadinhos” e divulgar cada caso num tom mais divertido e aliciante.
Abandonados “como uma peça de roupa”
A página
“Xico – o orelhudo solidário” é recente, foi lançada no final de Março. Mesmo assim, Rita conta que já tem pelo menos duas famílias interessadas em adotar. “Mas até ao ‘lavar dos cestos ainda é vindima’”, sublinha a voluntária, recordando que muitas vezes as pessoas mostram interesse mas desistem à última hora. Outras vezes, conta, “recebemos o animal de volta passado poucos dias, como se fosse uma peça de roupa de que não gostaram”.
Quem quiser adotar os “cães da Rita”, terá que se deslocar ao local da ASAAST, em Santo Tirso, já que os voluntários da associação fazem “questão de conhecer a pessoa”. Depois basta preencher uma ficha de adoção e a associação entrega o cão já com chip.
Se for adulto também já vai esterilizado. Os mais novos, devem ser esterilizados mais tarde, pela família de adoção. Rita sublinha que esta condição “não é negociável já que a esterilização é forma mais eficaz de combater o aumento do abandono de animais, como se pode confirmar nos dados avançados pelo site Estreliza-me.org”. Rita informa ainda que a ASAAST tem protocolos com clínicas que fazem preços mais económicos.
A jovem portuense de 29 anos apela a quem queira “ajudar o Xico a encontrar famílias para os seus amigos que façam crescer a página com muitos gostos”, já que “quantas mais pessoas souberem mais potenciais adotantes surgem”.
Clique
AQUI para visitar a página do Xico.
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