Foi descoberta, no âmbito de uma expedição promovida pela Sociedade Portuguesa de Espeleologia (SPE) em parceria com a Universidade de Lisboa (UL), uma nova galeria nas Grutas de Mira de Aire.
Foi descoberta, no âmbito de uma expedição promovida pela Sociedade Portuguesa de Espeleologia (SPE) em parceria com a Universidade de Lisboa (UL), uma nova galeria nas Grutas de Mira de Aire.
Em declarações à Lusa, José António Crispim, professor de geologia da Faculdade de Ciências da UL, contou que a exploração espeleológica subaquática arrancou a 21 de Setembro e, esta sexta-feira, “vai ter lugar a última série de mergulhos, na tentativa de encontrar a ligação entre as grutas de Moinhos Velhos e da Contenda”.
Segundo o docente, “para já, foi encontrada uma nova galeria e realizada a topografia de uma outra que permitiu perceber que também tem continuação”. Porém, o trabalho está a ser prejudicado pelas chuvas, que fizeram subir o lençol freático, obrigando à bombagem da água num sistema de galerias subterrâneas desconhecidas do público.
A extensão das Grutas de Mira de Aire, que têm sido objeto de expedições ao longo de décadas, atinge já os 11 quilómetros, mas apenas 600 metros podem ser visitados.
As Grutas, inauguradas em 1974 e que, em 2011, foram eleitas uma das Sete Maravilhas Naturais de Portugal, recebem, atualmente, cerca de 100 mil visitantes por ano.
Números avançados à Lusa pelo presidente do conselho de administração das Grutas de Mira de Aire apontam para um crescimento recente de 17% em termos de visitantes, observando-se uma crescente procura por parte de turistas russos e brasileiros.