Um grupo de engenheiros norte-americanos criou um protótipo de câmara fotográfica capaz de captar imagens com um detalhe sem precedentes medido em gigapixéis.
Um grupo de engenheiros norte-americanos criou um protótipo de câmara fotográfica capaz de captar imagens com um detalhe sem precedentes medido em gigapixéis. O aparelho foi apresentado esta semana na revista científica Nature.
Um pixel – ponto luminoso – é a unidade de base que permite medir a definição de uma imagem digital. Tradicionalmente, esta definição é medida em megapixéis. De forma simples, quanto mais pixéis houver, melhor é a resolução da fotografia.
Esta “supercâmara”, desenvolvida por uma equipa da Universidade de Duke, nos EUA, coordenada por David Brady, “regista uma imagem de um gigapixel em menos de um décimo de segundo”, revelou o engenheiro à AFP.
Segundo Brady, o protótipo “sincroniza” 98 pequenas câmaras num único equipamento. “Cada uma destas microcâmaras capta informações de uma área específica do campo visual”, explicou Brady. Depois, “um processador informático agrega todos esses dados e cria uma única imagem com muito detalhe”.
O engenheiro acrescentou ainda que, “em muitos casos, a câmara pode captar imagens de coisas que os fotógrafos não conseguem ver sozinhos [a olho nu] mas podem detetar em seguida na fotografia”.
O protótipo, com um tamanho ainda grande (75x75x50cm) é composto maioritariamente por componentes eletrónicos e processadores, sendo que os elementos óticos constitutem apenas 3% do aparelho.
Assim que for possível “miniaturizar” estes componentes eletrónicos e torná-los mais eficazes, os cientistas acreditam que uma nova geração de câmaras com resolução de gigapixéis poderá ficar disponível, o que, desvendam, pode vir a acontecer nos próximos cinco anos.
As principais potencialidades desta câmara estão relacionadas com a possibilidade de melhorar a segurança dos aeroportos, a vigilância militar e, de acordo com os seus criadores, a cobertura de eventos como, por exemplo, campeonatos desportivos.
Clique AQUI para aceder ao estudo publicado na Nature (em inglês).
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]