Daniel Nocera, que em 2012 anunciou a criação de uma folha artificial, é o químico por detrás desta bactéria. O investigador revelou, em Maio, durante uma palestra em Chicago, que a bactéria absorve hidrogénio e CO2 para produzir álcool, um combustível que pode ser usado de forma semelhante ao diesel atual.
“Neste momento estamos a fazer [álcool] isopropílico, isobutanol, isopentanol”, explicou, citado pela Forbes. "Isto são tipos de álcool que podemos queimar diretamente. São produtos obtidos a partir do hidrogénio separado da água”.
Bactéria não resolve problema de CO2
A bactéria – chamada Ralston Eutropha – foi fabricada ao longo dos últimos 18 meses em conjunto com biólogos da Escola Médica de Harvard. O processo partiu de descobertas realizadas anteriormente por Anthony Sinskey, professor de microbiologia no MIT.
O investigador afirma que, diariamente, um depósito de 1 litro com estas bactérias pode capturar até 500 litros de CO2 da atmosfera. Por cada kilowatt/hora de energia produzida, as bactérias removem 237 litros de dióxido de carbono do ar.
Contudo, uma grande parte do dióxido de carbono consumido é devolvido à atmosfera quando o álcool é queimado.