Embora não tenha avançado números, o responsável sublinhou que a Nokia considera que vale a pena investir em Portugal.
“Há a questão do risco financeiro, mas, de resto, existe o que interessa: há mão-de-obra qualificada, o custo é muito competitivo dentro da Europa, a qualidade é muito boa, há inovação, a lei laboral não é muito rígida e tem tendência a ficar mais flexível”, afirmou João Picoito.
Entre as maiores dificuldades de investir em Portugal, por outro lado, encontra-se o “agravamento fiscal”, que torna “mais difícil trazer quadros”. “Penso que será uma questão temporária”, desvalorizou o responsável.
Atualmente, a Nokia Siemens tem cerca de 2.000 colaboradores em Portugal, sendo 80% destes engenheiros. Um dos grandes investimentos da empresa é na Investigação & Desenvolvimento (I&D).
O presidente da Nokia Siemens para a Europa disse ainda que Portugal “está ao nível europeu” em relação ao mundo académico. “Portugal tem três ou quatro escolas de engenharia que são equivalentes às melhores de Itália, França e Alemanha”.
Finalmente, e quando questionado sobre o que tem Portugal de fazer para que as suas empresas resistam à liberalização e abertura do mercado internacional, João Picoito refere que estas devem apostar fortemente na qualidade e inovação, com produtos de alto valor acrescentado que são menos vulneráveis à prática de preços baixos por outros países do mercado internacional.