São mais de três dezenas de atividades científicas gratuitas que cidadãos de todas as idades podem experimentar esta sexta-feira, dia 28, das 14h30 às 24h00, no Altice Forum Braga. A iniciativa coordenada pela Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) insere-se na 14ª edição da Noite Europeia dos Investigadores (NEI), que tem o tema “Ciência na cidade” e decorre em simultâneo em mais de 300 cidades de 30 países. A abertura oficial em Braga realiza-se às 16h30, prevendo-se a presença da vice-reitora da UMinho para a Cultura e Sociedade, Manuela Martins, do pró-reitor para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica, Manuel João Costa, da presidente da ECUM, Manuela Côrte-Real, do coordenador local da NEI, José Brilha, e da vereadora da Cultura e Educação, Lídia Dias.
Há tanto para tocar e observar no recinto que o mais difícil é por onde começar. Os participantes vão poder fazer uma viagem pela luz em dez passos, mexer em filmes finos, baterias e sensores, perceber como a memória nos engana, ver minerais ao microscópio e a química do dia-a-dia, obter técnicas para conservar sementes ou saber como, a partir das leveduras, se produz fármacos e biocombustíveis. Além disso, vão seguir o percurso da uva ao vinho, fertilizar solos com resíduos orgânicos, imprimir em 3D em diferentes materiais, detetar partículas com câmaras de faíscas e de nuvens, descobrir a chamada ciência das “coisas”, decifrar quebra-cabeças, entranhar-se na criptografia e na inteligência artificial e até monitorizar a afluência do evento em tempo real.
Os alunos das escolas básicas e secundárias da região aceitaram apresentar os seus projetos originais em vários postos do espaço – e valerá a pena. Nesta “Mostra da Ciência”, os visitantes vão ser desafiados a acompanhar o crescimento do embrião de uma galinha, a usar óculos de realidade virtual para palmilhar Braga e Barcelos, a ensaiar novos videojogos de plataforma e corridas, a obter grafeno da esfoliação da ponta do lápis, a atentar nas folhas que mudam de cor num bosque e a ouvir, às 21h30, as próprias crianças a comunicarem ciência. Também se desvendam resultados de estudos escolares: a fruta verde amadurece mais rápido na presença de fruta madura e a pressão arterial varia ligeiramente com a idade e o género.
O programa prevê igualmente às 18h00, no pequeno auditório, a mesa redonda “A inovação ao serviço da cidade”, com responsáveis das jovens empresas Primecog, BestHealth, Chemitek e Biomode. Em paralelo, os mais jovens podem aventurar-se em seis concursos e workshops, construindo fósseis, células voltaicas e detetores de partículas, decifrando passatempos e jogos após a leitura do livro “Génios do Mundo: Marie Curie” e resolvendo ainda problemas através da programação, da robótica e dos legos.
A ECUM concretiza este ano a sua maior participação de sempre na NEI, na qual está integrada através do consórcio de instituições superiores nacionais “SCICITY – Ciência na cidade”, financiado pelas ações Marie Curie do programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia. A iniciativa tem como parceiros locais os municípios de Braga e Guimarães, o Banco Português de Germoplasma Vegetal, a Sociedade Portuguesa de Física, o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, o Laboratório da Paisagem, o Geopark Terras de Cavaleiros, o Centro Interpretativo da Misericórdia de Braga, a InvestBraga, a Startup Braga, a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, a CTEM Academy, os coletivos de divulgação científica STOL e Scientia.com.pt e as empresas Ambarscience e Xpim 3D. A NEI é promovida desde 2005 pela Comissão Europeia. O objetivo é afirmar a interação dos cientistas com o público, permitir descobrir a ciência de forma divertida e promover a investigação como carreira, explica José Brilha. Em Portugal, a NEI passa ainda por Coimbra, Évora, Lisboa e Monsaraz.
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