O Prémio Nobel da Medicina foi atribuído, esta segunda-feira, ao britânico John B. Gurdon e ao japonês Shinya Yamanaka pelo seu trabalho desenvolvido na reprogramação de células e na forma como se desenvolvem.
De acordo com a assembleia Nobel, em comunicado enviado à Lusa, o prémio foi atribuído à dupla de cientistas “pela descoberta de que as células maduras podem ser reprogramadas para se tornarem pluripotentes (células existentes no embrião nos primeiros dias após a conceção) “.
No comunicado ainda se pode ler que com esta descoberta passa a saber-se que “hoje a célula madura não tem de ficar confinada para sempre ao seu estado especializado”, podendo reconverter-se em “qualquer tipo de célula no organismo”.
Desta forma, “os manuais foram reescritos e estabeleceram-se novos campos de investigação. Ao reprogramar células humanas, os cientistas criaram novas oportunidades de estudar doenças e desenvolver métodos de diagnóstico e terapia”.
Em 1962, John B. Gurdon descobriu que a especialização das células pode ser reversível, enquanto Shinya Yamanaka, em 2006, concluiu que as células maduras intactas em ratos podem ser reconvertidas em células estaminais.
Até ao final da semana serão conhecidos os restantes prémios Nobel com o da Física a ser anunciado na terça-feira, o da Química na quarta-feira, o da Literatura na quinta-feira, o da Paz na sexta-feira e o da Economia no dia 15, próxima segunda-feira.