A reconhecida publicação norte-americana coloca Portugal “no mapa da medicina”, referindo o desenvolvimento do Centro de Investigação da Fundação Champalimaud, a ser instalado em Pedrouços, como um importante passo para levar Portugal à vanguarda na luta contra o cancro.
O artigo – que pode ser lido na íntegra aqui – realça todas as condições que o futuro centro terá nas áreas da oncologia e das neurociências, mas indica-o também como um exemplo inédito de investimento privado na área da saúde; recorde-se que a construção da infraestrutura apenas é uma realidade graças aos 500 milhões de euros doados por António Champalimaud, aquando da sua morte.
“Enquanto que a investigação nos EUA beneficia, há muito, de donativos privados como este, a maior parte do financiamento na Europa é garantido pelos governos ou pelas empresas faramacèuticas”, refere a peça do New York Times.
Nesse sentido, “Lisboa não é, neste momento, o centro da ciência no mundo, mas poderá muito bem sê-lo se tudo for bem gerido”, refere Axel Ullrich, investigador do Instituto Max Planck de Bioquímica em doenças cancerígenas, citado no artigo.
O investigador acrescenta, em declarações ao New York Times: “Estão a ser levadas a cabo investigações significativas em Espanha, França e na Alemanha, mas sinto que nenhuma delas tem o impacto que estas terão”.
O Centro de Investigação da Fundação Champalimaud, onde 500 investigadores vão desenvolver o seu trabalho junto a uma centena de físicos, tem inauguração prevista para o dia 5 de outubro, altura em que se comemora o centenário da República em Portugal.