São duas histórias de esperança que emergem da destruição que varreu o Nepal depois do violento terramoto da semana passada. Um bebé e um homem centenário foram resgatados com vida pelas equipas de socorro em ação no país.
São duas histórias de esperança que emergem da destruição que varreu o Nepal depois do violento terramoto da semana passada. Um bebé e um homem centenário foram resgatados com vida pelas equipas de socorro em ação no país, surgindo aos olhos do mundo como verdadeiros milagres no rescaldo de uma catástrofe que ceifou milhares.
De acordo com o jornal local Kathmandu Today, o pequeno Sonit Awal, um bebé de quatro meses, foi salvo por elementos das forças armadas nepalesas com apenas alguns arranhões depois de passar 22 horas enterrado sob os escombros da casa onde morava com a família, que caiu por terra com a intensidade do abalo.
O momento do resgate foi captado por um repórter fotográfico da publicação da capital do Nepal e correu os órgãos de comunicação internacionais e as redes sociais, mostrando a criança, coberta de pó, a ser retirada, em segurança, dos destroços da residência.
Segundo o jornal nepalês, a equipa de salvamento acorreu ao local depois de a casa da família ter colapsado em resultado do sismo de magnitude 7.8 que “sacudiu” o Nepal no passado dia 25 de Abril.
Uma primeira tentativa de salvamento revelou-se infrutífera, mas o pai de Sonit insistiu que continuava a ouvir o filho chorar e os militares regressaram no dia seguinte, acabando por conseguir retirá-lo, com vida, de entre os destroços, e transportá-lo para o hospital, onde rapidamente lhe foi dada alta, adiantou o Kathmandu Today.
Idoso centenário sobreviveu cinco dias preso nos escombros
Outro caso impressionante de sobrevivência foi, entretanto, dado a conhecer este domingo. Funchu Tamang, um homem de 101 anos foi, também, resgatado com vida das ruínas da própria casa em Nuwakot, a cerca de 80 quilómetros da capital do Nepal, depois de ter passado cinco dias preso sob os escombros.
Em declarações à AFP, Arun Kumar Singh, agente policial que está a acompanhar as operações de salvamento, informou que o idoso “foi transportado para o hospital local de helicóptero” e a sua condição “é estável”.
O responsável adiantou ainda que a polícia conseguiu salvar, também, três mulheres soterradas em Sindhupalchowk, uma das regiões do país mais afetadas pelo sismo, embora não se saiba durante quanto tempo estiveram presas.
Estes são, porém, sucessos raros: no fim-de-semana, as autoridades oficiais do país excluíram já a hipótese de encontrar mais sobreviventes entre as ruínas e anunciaram que vão, agora, focar-se em ajudar a população das áreas mais remotas dos Himalaias, onde é particularmente difícil chegar.
O sismo da semana passada, que deixou um rasto de morte e destruição em Kathmandu, a capital do país, e noutras cidades vizinhas, causando, também, uma avalanche mortal no Monte Evereste, deitou por terra cerca de 90% das casas da população, construídas, na sua maioria, em tijolos de argila.
Dados oficiais citados pela AFP indicam que o número de mortos ultrapassou já os 7.250, somando-se, igualmente, mais de 14.000 feridos e milhares de desalojados. Também na China e na Índia mais de 100 pessoas perderam a vida na sequência do abalo.
Notícia sugerida por Maria Pandina